JOÃO 10 O BOM PASTOR E O MERCENÁRIO PARTE 6

1 Coríntios 9

9.1,2 — Não sou eu apóstolo? Paulo respaldava seu apostolado com dois argumentos: (1) ele viu o Senhor ressurreto (At 1.21,22) e (2) a igreja de Corinto era obra de Paulo no Senhor, um selo do seu apostolado.

9.3-18 — Paulo tinha direito de comer e de beber o que quisesse, ter uma mulher e receber salário por seu ministério; no entanto, ele não exercia esses direitos.

Tem Deus cuidado dos bois. Deus requer que os ministros sejam pagos por seu trabalho, assim como ele requer que os animais de carga sejam compensados pelo trabalho deles. Aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho. Prover aos ministros do evangelho o que necessitam é uma ordem dada por Deus. Assim como os sacerdotes em Israel eram mantidos por seu trabalho, os ministros do Novo Testamento também deveriam ser sustentados (1 Tm 5.17,18).

9.19-23 — Fiz-me servo de todos, para ganhar ainda mais. Paulo colocou seu ministério na obra de Deus acima de seus desejos pessoais e estava disposto a se adaptar aos costumes de outros povos, fossem judeus ou gentios, para levá-los a Cristo. Para se relacionar com os judeus em Jerusalém, por exemplo, ele fez um voto de nazireu no templo (At 21.23,24). Quando estava perto daqueles que estavam debaixo da Lei — os judeus —, Paulo obedecia à Lei. Quando estava perto daqueles que estavam fora da Lei — os gentios —, Paulo não observava o costume judeu. O apóstolo esclareceu isso, no entanto, para que ninguém entendesse mal suas ações. Por meio da obediência a Cristo (v. 21), Paulo obedecia à lei de Deus, a qual era mais ampla do que a legislação mosaica; era o cumprimento da vontade de Cristo (1 Co 11.1; Rm 13.8; Cl 6.2).

9.24-26 — Paulo tinha o desejo de cumprir seu ministério a qualquer preço. Seu desejo era semelhante ao tipo de compromisso assumido na preparação para uma competição atlética. Eu assim corro, não como a coisa incerta. O apóstolo tinha um alvo bem definido e sabia que era necessário perseverança para alcançá-lo. Para se preparar adequadamente para a corrida ou luta, ele sabia que tinha de se esforçar para manter a prática árdua e consistente necessária ao êxito.

9.27 — Eu mesmo não venha [...] a ficar reprovado. A palavra grega adokimos para reprovado significa desaprovado depois de ser testado. Embora alguns citem este versículo como evidência de que os cristãos podem perder a salvação, é muito provável que esta oração não se refira à salvação. Deve-se fazer uma distinção cuidadosa entre o prêmio e o dom. O dom gratuito da justificação não pode ser resultado de boas obras (Rm 4-1 -8). No entanto, o prémio ou a coroa é a recompensa pela persistência e pelo sofrimento pela causa de Cristo (Fp 1.29; 2 Tm 2.12).

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